13 nov Irrigação automatizada de jardins, vale a pena?
Olá pessoal! No post passado falamos sobre a Internet das Coisas (IoT) e a interatividade com sistemas de alarme e detecção de incêndios. Continuando no tema da interatividade falaremos hoje sobre a irrigação de jardins e como automatizar esses sistemas.
Antes vamos entender um pouco sobre os componentes das redes de irrigação de jardins. Logicamente, precisamos de ao menos um ponto de água ao qual será conectado o sistema, se o jardim for muito extenso ou ainda, possuir pontos em cota superior à do ponto d’água pode ser necessário utilizar-se bombas em conjunto. Esses pontos de água devem ser então conectados a uma rede enterrada de tubulações que devem espalhar-se pela área coberta do jardim.
Sistema de irrigação de jardins (Fonte: Gazeta RS)
Os tubos então são conectados aos pontos de aspersão que tem por função espalhar a água pelo jardim. Existem diversos dispositivos para esse fim no mercado. Os bocais ficam mais próximo do solo. Os aspersores são retráteis e quando não estão em funcionamento ficam “escondidos” no jardim. A forma e o alcance do spray variam de modelo para modelo.
Modelo de bocal (Fonte: Viqua)
Diversos modelos de aspersores (Fonte: Viqua)
A automação traz como principais benefícios a eficiência dos recursos hídricos empregados, pois evita desperdícios, um jardim mais bonito e plantas que vão durar mais, pois estarão sempre crescendo em um ambiente com a quantidade ideal de água e a praticidade por poder operar de forma 100% automática.
Para podermos implementarmos a automatização dos jardins existem diversos componentes que devemos conhecer.
Os sensores de chuva são peças aparentes que coletam a água precipitada e emitem leituras para a central de automação para que essa possa impedir a irrigação caso esteja chovendo. Alguns modelos contam com ajuste fino para permitir uma sensibilidade maior ou menor à chuva, funcionamento prolongado em meses mais quentes, entre outras funcionalidades.
Modelo de sensor de chuva (Fonte: Canal Agrícola)
Os sensores de umidade detectam a umidade no local onde a sonda estiver enterrada, seu funcionamento se dá através da variação de resistência em função da maior ou menor presença de água no solo. Pode-se ajustar os sensores para atuar em faixas limites, evitando que mesmo sem chuva, o sistema de irrigação não atue quando o solo estiver saturado, pois o excesso de água pode ser prejudicial para as raízes de diversas plantas. À central de automação podem ser ligado diversos pontos de sensores, que podem medir locais diferentes uma vez que a umidade de um jardim pode oscilar de um ponto ao outro de acordo com sua geografia, incidência solar entre outros fatores.
Sensor de umidade (Fonte: Eletrogate)
Outro modelo de sensor de umidade (Fonte: Época Negócios)
As válvulas solenóides são as responsáveis por controlar o fluxo de água de maneira automática, quando energizadas ela se abrem para que a água alcance os locais necessários. O funcionamento delas é também controlado por uma central.
Válvula solenóide (Fonte: Viqua)
A central de automação é o “cérebro” do sistema é ela que irá receber os dados dos dispositivos e operar permitindo a distribuição ou não de água para os pontos de irrigação do jardim. Entre as funcionalidades que esta pode apresentar estão: a programação da irrigação para funcionamento em diferentes horários, diferentes vazões para diferentes circuitos de irrigação de um mesmo jardim e até a conexão com a internet para que o usuário possa promover essas mudanças e controle seu jardim através de qualquer dispositivo com acesso à rede.
A automação de jardins entre outras coisas, permite o funcionamento pré-programado do sistema (Fonte: Smart Construção)
Alguns cuidados devem ser tomados na hora de executar o seu sistema. É importante ter o conhecimento de todas as plantas que estão ou estarão inseridas no seu jardim, mapeie os tipos de árvores, arbustos, grama, etc. Cada planta tem a sua necessidade diária de irrigação, devido a isso, se possível, separe a rede de irrigação de circuitos e ligue cada um desses circuitos à uma válvula solenóide independente, para que a central possa enviar quantidade de água diferentes para cada local conforme a necessidade da vegetação ali presente. Leia com atenção as características de cada dispositivo de aspersão escolhido para poder conhecer o alcance dos jatos, seu formato e vazão. Procure distribuir os aspersores/bocais de forma que os jatos por eles formados se sobreponham, uma boa distribuição é aquela onde o limite do spray de um ponto quase atinge a cabeça do dispositivo mais próximo. Por último, certifique-se que o sistema conta com pressão suficiente em todos os pontos de irrigação.
Fontes: http://blog.eletrogate.com/automacao-de-sistema-de-irrigacao-sensor-de-umidade-e-valvula-solenoide/
https://www.neocontrol.com.br/news/automacao-de-ambientes-externos/#irrigacao-e-piscinas
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